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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Exportação de vinho brasileiro engarrafado cresce 33,6% em 2011

As exportações das vinícolas brasileiras integrantes do projeto setorial integrado Wines
of Brasil somaram US$ 3,06 milhões no ano passado, ante US$ 2,29 milhões de 2010.


O vinho brasileiro ganhou mercado pelo mundo em 2011. Os destinos dos rótulos verde-amarelos somaram 31 países no ano passado, frente a 27 de 2010. As exportações das vinícolas brasileiras integrantes do projeto setorial integrado Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), alcançaram US$ 3,06 milhões no ano passado, 33,6% a mais do que os US$ 2,29 milhões de 2010. "Foi uma grande vitória e um importante avanço nas vendas de vinhos brasileiros, porque enfrentamos no ano passado a forte crise que abalou a economia europeia e ainda tivemos como obstáculo um câmbio desfavorável às exportações", comemora a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. 



Das 35 vinícolas associadas ao projeto, 20 são exportadoras, sendo que, destas, 14 efetuaram vendas ao exterior no ano passado. Seis vinícolas fizeram a sua primeira exportação nos dois últimos anos. O Wines of Brasil tem o objetivo de posicionar o produto brasileiro no mercado internacional por meio da promoção do vinho fino engarrafado.


A grande novidade do ano foi a entrada retumbante da China entre os países compradores de vinhos brasileiros. O país asiático, que comprara cerca de US$ 4 mil em 2010, por meio de Hong Kong, acabou o ano na segunda colocação no ranking dos países importadores de vinho do Brasil. Em 2011 foram vendidos US$ 390,3 mil em rótulos verde-amarelos de cinco empresas – Casa Valduga, Cooperativa Vinícola Garibaldi, Miolo, Pizzato e Salton. "Tudo acontece muito rápido na China, que é um país enorme com uma população gigante", comenta Andreia. Segundo ela, os vinhos brasileiros não eram vendidos antes na China porque não havia investimento neste mercado. "Participamos das primeiras feiras e eventos na China o ano passado e já estamos colhendo resultados positivos", observa. Os chineses têm demonstrado um interesse grande por vinhos e procuram produtos que deem status, daí a procura por importados. "Há boas oportunidades para os vinhos brasileiros na China, principalmente porque o nosso país tem uma boa imagem junto aos consumidores", analisa Andreia.


A Holanda foi o principal destino do vinho brasileiro em 2011, ultrapassando o Reino Unido, que havia tomado a liderança do ranking de países compradores de vinho brasileiro em 2010. As exportações para a Holanda totalizaram US$ 410,5, 63% maior do que os US$ 250,4 de 2010. A Holanda ficou com 13,4% das exportações das vinícolas associadas ao Wines of Brasil. O preço médio do litro exportado para a Holanda cresceu 31% no ano passado. Os valores de exportação são em FOB (Free on Board, ou seja, no porto, sem frete e sem impostos que incidem nos produtos comercializados no Brasil).



Andreia Gentilini Milan destaca a consolidação do posicionamento do vinho brasileiro no exterior na categoria de produtos com valor agregado. O preço médio por litro exportado mais que dobrou 2010 para 2011, pulando de US$ 2,15 em 2010 para US$ 4,34 em 2011 (valores sem impostos e frete). "Nosso planejamento estratégico tem como objetivo posicionar o vinho brasileiro entre os melhores do mundo. Por isso, não privilegiamos quantidade ou volume exportado e sim a conquista de bons preços para nossos rótulos", revela.


 
O Reino Unido, que perdeu a liderança para Holanda, ficou em 3º entre os maiores países compradores de vinhos brasileiros. Os Estados Unidos aparecem em quarto; a Colômbia em quinto e a Alemanha em sexto. "O bom desempenho na Holanda, no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Alemanha é resultado direto das nossas ações nestes mercados, com a participação em feiras e promoção de eventos de degustação", lembra Andreia.


Histórico

O Wines of Brasil, que iniciou suas atividades em 2002, com a adesão de apenas seis vinícolas brasileiras, conta hoje com 35 empresas. Assim como 2011, 2009 e 2010 foram anos de dificuldades, especialmente devido ao câmbio desfavorável e a crise econômica europeia. Em 2009, as exportações de vinhos brasileiros caíram pela metade na comparação com o excelente ano de 2008, quando o Wines of Brasil atingiu o recorde nas exportações de vinhos brasileiros: US$ 4,7 milhões.



Para reagir, o Wines of Brasil procurou focar o trabalho em oito mercados-alvo para a promoção dos vinhos brasileiros no exterior. Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia, Reino Unido e Suécia foram os países escolhidos para receber a maior atenção e investimentos do Wines of Brasil em 2010 e 2011, com vistas às exportações de vinhos e espumantes verde-amarelos. Esta estratégia foi feita a partir da consultoria de Angela Hirata, que projetou as Havaianas no exterior.



A estratégia deu resultado, como mostram as exportações de 2011. Mas por que investir tanto no mercado externo, se o mercado brasileiro é imenso e cobiçado por todos os países produtores de vinhos do mundo? Andreia Gentilini Milan tem a resposta na ponta da língua: "O sucesso das exportações de vinho fará o consumidor brasileiro diminuir seu pré-conceito quanto aos nossos produtos, tornará nossos produtores mais competitivos principalmente no mercado doméstico e dará ao setor visibilidade, reconhecimento e a capacidade de se anteceder a tendências mundiais."



Ranking dos países que mais compraram vinho brasileiro em 2011:

1º Holanda
2º China
3º Reino Unido
4º Estados Unidos
5º Colômbia
6º Alemanha
7º Canadá
8º Japão
9º Noruega
10º Dinamarca

 Ranking dos países que mais compraram vinho brasileiro em 2010:

1º Reino Unido
2º Estados Unidos
3º Holanda
4º Alemanha
5º Paraguai
6º Colômbia
7º Suíça

8º Polônia
9º Japão
10º Dinamarca

 Ranking dos países que mais compraram vinho brasileiro em 2009:

1º Estados Unidos
2º Alemanha
3º Colômbia
4º Japão
5º Portugal
6º Holanda
7º Suíça
8º Canadá
9º Reino Unido
10º Angola




Fonte: OAJ Comunicação & Marketing

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