De Viver com Plenitude, em Família, entre Amigos...

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Julia Harding elogia qualidade crescente dos vinhos do Brasil

Julia Harding


Braço direito da mais famosa crítica de vinhos do mundo, Jancis Robinson, Julia Harding diz que não provou nenhum vinho ruim ou defeituoso. “Ao contrário, todos estavam bem balanceados, desde os mais baratos aos mais caros”, declara, enaltecendo os progressos que têm sido conquistados nos últimos anos pelos vinhos do Brasil. Julia Harding, braço direito da mais famosa crítica de vinhos do mundo, Jancis Robinson, acaba de divulgar suas opiniões sobre os vinhos brasileiros no site www.jancisrobinson.com. Ela fez questão se ressaltar a qualidade crescente dos vinhos brasileiros. No site, ela publica notas de degustação de 138 rótulos de 16 vinícolas (Aurora, Casa Valduga, Don Giovanni, Don Guerino, Don Laurindo, Dunamis, Geisse, Lidio Carraro, Miolo, Piagentini, Pizzato, Perini, Peterlongo, Sanjo e Santo Emílio) que ela provou no Brasil.




A última vez que Julia havia degustado os produtos verde-amarelos foi há seis anos, quando estava selecionando rótulos de produtores para a 6ª edição do Atlas Mundial do Vinho. “Não tenho dúvida dos progressos que têm sido conquistados desde então, não apenas nos vinhos mais ambiciosos, mas também nos baratos vinhos varietais”, destaca. “O cultivo de Vitis vinífera tem ocorrido principalmente nos últimos 20, 30 anos, por isso que o progresso é tão impressionante”, acrescenta. As notas (em uma escala cuja pontuação máxima é 20) atribuídas aos vinhos brasileiros foram de 15 a 18. Teve apenas um 14,5 e a maioria dos rótulos ganhou 17 de nota média – índice conferido aos melhores vinhos do mundo por Julia Harding e Jancis Robinson. Dois vinhos (Lidio Carraro Elos Cabernet Sauvignon/Malbec 2008 e Lidio Carraro Quorum Grande Vindima 2005) e um espumante (Cave Geisse Brut 1998) receberam as maiores notas (18) entre os 138 produtos verde-amarelos degustados. “Os vinhos brasileiros se saíram muito bem. Grandes vinhos franceses de Bordeaux e Borgonha costumam receber notas de 17 a 18, assim como os champagnes franceses”, compara a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. Como já virou rotina os especialistas estrangeiros e nacionais elogiarem a alta qualidade dos espumantes brasileiros, Julia Harding fez um comentário original. “Vejo mais potencial nos vinhos brasileiros do que nos espumantes, que, a meu ver, estão no ápice, enquanto os tintos ainda têm muito a ser explorado”, vaticina. Sobre os vinhos tintos do Brasil, a britânica verificou diferentes estilos dentre os rótulos degustados. Ela gostou bastante do estilo geral, que mantém o frescor da fruta, a pureza e o álcool moderado. “O vinho brasileiro é leve e prazeroso, pode ser bebido mais de uma taça”, observa. “A qualidade me impressionou, especialmente porque não provei nenhum vinho ruim ou defeituoso.


Ao contrário, todos estavam bem balanceados, desde os mais baratos aos mais caros”, elogia. PreferênciasAs variedades mais apreciadas por Julia nos vinhos brasileiros foram Cabernet Franc, Tannat, Cabernet Sauvignon e a Merlot. Mas ela fez uma ressalva importante. “Há muito Merlot no mercado”. Julia ficou surpresa com a jovialidade dos vinhos brasileiros. “Mesmo após quatro, cinco anos, eles mantém muita fruta e frescor. Por isso os vinhos do Brasil não são exóticos, são sim frescos e puros”, sentencia. Sobre os espumantes, Julia diz que os elaborados pelo método Charmat se destacaram mais, até porque ela esperava mais complexidade nos do método tradicional. “Devo abrir uma exceção para os espumantes feitos pelo método tradicional da Vinícola Geisse”, salienta. Segundo Julia, os espumantes brasileiros têm mais fruta e são bem mais interessantes do que os Prossecos e as Cavas com preços até 6 libras. Acerca dos espumantes moscatéis, que na Inglaterra concorrem com os Astis, ela acha as borbulhas brasileiras mais delicadas e com mais qualidade.

A respeito dos vinhos brancos, a britânica diz que não degustou amostras suficientes para ter um parecer. Julia recomenda que seria um erro focar em uma variedade emblemática para representar o Brasil. “É melhor trabalhar algumas que sejam fortes, mas também não procurem centenas de variedades”, sugere. Uma crítica feita por Julia é a influência demasiada de sabor doce de carvalho americano, mesmo quando usado com moderação, que contrastava com o frescor da fruta e a acidez brilhante. Para encerrar, ela aposta em um bom futuro para os vinhos e espumantes brasileiros, desde que se mantenha boa qualidade por um bom preço, mantendo os frescos e bem equilibrados estilos, com álcool moderado e indo além das variedades tradicionais, como Merlot e Chardonnay. Visita A primeira visita de Julia Harding ao Brasil ocorreu de 1º a 4 de março deste ano na Serra Gaúcha, a convite do Projeto Imagem Internacional do Wines of Brasil, realizado em parceria pelo Ibravin e pela Apex-Brasil. Junto com o norte-americano Theodore Michael Luongo, jornalista independente da revista Wine Enthusiast, uma das mais importantes dos Estados Unidos, Julia Harding visitou nove vinícolas (Miolo, Pizzato, Casa Valduga, Geisse, Perini, Aurora, Lidio Carraro, Don Guerino e Salton) e degustou produtos de outras sete empresas – Dunamis, Don Laurindo, Don Giovanni, Peterlongo, Piagentini, além de Sanjo e Santo Emílio, do Planalto Catarinense.

Nos dias 6 e 7 de março, Julia e Loungo assistiram aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro no camarote da Apex-Brasil na Marquês de Sapucaí, que foi abastecido por vinhos e espumantes brasileiros. “O interesse de uma das mais importantes conhecedoras de vinhos do Brasil, braço direito de Jancis Robinson, é um reconhecimento sobre o estágio avançado de qualidade que os vinhos brasileiros alcançaram”, afirma a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan. Ela lembra que entre os livros escritos e editados por Jancis Robinson e Julia Harding está o conhecido Atlas do Mundo do Vinho, que cita os vinhos brasileiros. O norte-americano Theodore Michael Luongo veio com uma missão especial: produzir um suplemento exclusivo sobre os vinhos brasileiros para a revista Wine Enthusiast, que será publicado em setembro. DECLARAÇÃO

“Eu retornei com muito mais do que páginas sobre degustação de vinhos. Os vinhos não representam somente o líquido da garrafa, mas também as pessoas e os lugares, e eu retornei com memórias pessoais de um lugar maravilhoso e de pessoas fantásticas com uma habilidade incrível de serem eficientes e simpáticas e de sorrirem quase o tempo inteiro. Foi como respirar ar puro após um longo inverno britânico.” Julia HardingConfira as impressões de Julia Harding sobre os vinhos brasileiros - Acidez fresca e álcool moderado – bebível e digerível e bom acompanhamento para comidas (agradeço a Jancis pela palavra digerível, a qual eu utilizo com grande elogio).- Sabores puros e brilhantes da fruta sem ser muito doces ou pesados – e a fruta parece ser notável ao se manter fresca num primeiro plano até mesmo após vários anos engarrafada.- Equilíbrio e sutileza em todos os níveis de preço.- Bem elaborados – não degustei nenhum vinho com problemas ( embora não esteja dizendo que não exista nenhum)- Não são maduros demais ou oxidados – e não geralmente OTT e não muita evidência de carvalho demasiado.- Vinhos tintos secos possuem fruta fresca que não parece desaparecer e não são muito doces.- Taninos saborosos e secos.- Os vinhos brancos foram os menos impressionantes (embora eu tenha degustado muito poucos)- Os espumantes têm mais sabor que qualquer Cava ou Prosecco.- Espumantes elaborados pelo método tradicional, com algumas exceções como Geisse, geralmente não demonstram muito caráter autolítico e não sobressaem facilmente espumantes método Charmat.- Muitos espumantes pelo método Charmat estavam deliciosamente frescos e vivos.- Rosés secos demonstram potencial (embora digam que é difícil vendê-los no mercado doméstico).- Algo que não mencionei mas que me incomodou em alguns vinhos foi o gosto adocicado influenciado pelo carvalho americano, até mesmo quando usado em moderação, o qual parecia se relevar pelo frescor contrastante da fruta e acidez marcante. O custo relativo do carvalho americano x francês são a razão óbvia pela prevalência do primeiro, mas eu argumentaria pela utilização de mais vinhos sem carvalho que revelam a pureza da fruta.



Fonte: OAJ Comunicação & Marketing

 imprensa@ibravin.org.br



www.ibravin.org.br


Nenhum comentário:

Postar um comentário