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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tim-tim com Sabor Nacional

Consumo de espumantes chega a aumentar de 25% a 30% durante as festas de fim de ano
Sommelier da Miolo, Tarcísio Nunes, orienta consumidores

DIÁRIO POPULAR

Gastronomia
Cíntia Piegas

Tarcísio Nunes é sommelier internacional da Miolo Wine Group e dedicou
uma tarde para explicar o processo de preparação, os tipos de espumantesproduzidos pela empresa e mais: por meio de números, apontou
que a bebida nacional ganha espaço no mercado, não só pela qualidade, mas
pelo preço acessível, principalmente os espumantes do método charmat.
O encontro foi no restaurante Buena Vida em Pelotas, na companhia da proprietária
Luciane Duarte Prado, que investiu na comercialização da bebida, em meio
a pedidos de clientes. Mas, ainda por uma questão de cultura, ainda há pessoas
que preferem o produto estrangeiro ao nacional, segundo apontou a
promotora de evento da Miolo, Mauren Oliveira.
O Brasil produz uma variedade de espumantes com a mesma qualidade
oferecida em outros países, inclusive a da região de Champange, na França.
“No ciclo da nacionalização, as vinícolas resolveram investir e adquiriram
tecnologia para a fabricação pelo método champenoise, também chamado
de tradicional”, comenta Nunes. Mas não para por aí. A linha Terra
Nova - uma parceria da Miolo com a Lovara - oferece três tipos: o tradicional
(fermentação na garrafa), o Charmat (segunda fermentação é realizada
em tanque) e o Asti (também chamado de Moscatel - tem fermentação parcial
e é bem doce). Com isso, a empresa que é a maior exportadora brasileira
de vinhos, fica entre as três principais produtoras de espumantes, com
participação de 15% no mercado. “No período de festas, o consumo aumenta de 25%
a 30%.” O sommelier explicou o processo de fabricação de cada um dos três tipos,
mas destacou o charmat, método que permitiu a aproximação do espumante
à mesa dos brasileiros. “A elaboração se caracteriza pela segunda fermentação
realizada em tanque de inox, ao invés de ser na própria garrafa. Neste
processo, é possível determinar a quantidade de açúcar desejada e variar
o tipo de uva”, conta. Já o método tradicional (champenoise) utiliza as uvas
pinot noir e chardonnay. O princípio é o mesmo da champagne,
mas no charmat, a segunda fermentação, o produto é filtrado de duas
a três vezes para tirar a turbidez, processo feito sempre em condições isobáricas
(mantém pressão constante). O engarrafamento também é feito em
autoclave. Isso garante agilidade e rapidez, diferentemente da champagne, que precisa cerca de dois anos para a fermentação e o envelhecimento das
leveduras. “Com o charmat, em cerca de um mês o produto já está no mercado.
Com isso, o consumo é maior e melhora o preço.” Já o método Asti,
também chamado no Brasil de moscatel, a fermentação é parcial e sua elaboração
parte do mosto da uva e não do vinho base. Seu percentual de açúcar
chega a 60%. Método charmat de qualidade pode garantir textura semelhante a um champagne. Não se engane pela embalagem bonita
e o preço atraente. Se a preferência do cliente for por algum tipo de vinho:
tinto, branco ou rose, a dica é conferir todas as informações existentes na garrafa.
“Vinho e espumante são aqueles que a gente gosta e, para cada um, tem
um tipo diferente. Quando o espumante é feito somente com uvas brancas, a
indicação é Blanc de Blanc”, assinala. A quantidade de açúcar também tem suas
denominações. Até 15 gramas é brut e de 15 a 30 gramas, demi-sec.
A temperatura ideal para servir um espumante é de 6ºC a 8ºC. “O pessoal
do Sul gosta de bebidas geladas, o que poderá modificar a bebida”, conta o
sommelier. Por fim, para justificar a dica do início da matéria, Nunes explica que
o segredo do espumante está no gás, inclusive o modelo do fundo da garrafa é
proposital, para segurar a pressão. Então para manter o aroma e o sabor da bebida,
a rolha não deve ser estourada. “Agarre a garrafa com uma mão e a outra o gargalo
deixando o polegar sobre a rolha.
Atenção aos rótulos
Vire a garrafa e não a rolha e tente abrir sem perda de gás, pois é nele que estão o
aroma, a perlage e as bolhas.” Ao servir, sendo um charmat de qualidade, haverá
concentração de bolhinhas contínuas semelhantes à de uma champagne.
Agora
sim: Tim-tim!!!


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